top of page

Relato Gangtok

TUDO VERDE NO REINO SIKKIN

 

Bem cedinho fomos ao terminal de jipes, seguiríamos para Gangtok, mas nossa tentativa de agilizar a trip acabou não servindo de nada, entramos no jipe e aguardamos, aguardamos, até ele encher... Ficamos mais de uma hora na espera, até que finalmente seguimos viagem, subindo mais montanhas, cruzando pontes velhas por desfiladeiros do Himalaia...

 

Gente subia, gente descia do jipe, seguíamos entrecortando as montanhas acompanhando o leito de um lindo rio, o Teesta, passávamos por vilarejos interessantes, víamos pessoas praticando esportes radicais no rio, deu uma vontade de descer do jipe e ali ficar, mas não podíamos, seguimos até chegar na fronteira de estado Indiano, o da Bengala ocidental com o estado Sikkin, no qual precisávamos de outro visto para entrar... Sim, outro visto somente para esse estado nos confins da Índia, que é um tanto quanto independente do restante do país, aguardamos muito tempo alguém aparecer no posto de migração, para nos atender, preenchemos os papéis, entregamos uma foto, olharam os passaportes fizeram algumas perguntas, lembraram do Pele e nos deixaram prosseguir viagem, o percurso todo levou cerca de sete horas, do lado do terminal ficavam alguns hotéis, extremamente baratos, ficamos lá mesmo, o casal de jovens que nos atendeu eram simpáticos, esforçados e atrapalhados, faziam de tudo para nos agradar...

 

O que as meninas odiavam era subir as escadas, pois nossos quartos ficavam sempre no último andar e nada de elevador... Almoçamos no hotel mesmo e logo saímos para desbravar a cidade...

 

As diversas placas espalhadas pela cidade, demonstravam todo o orgulho em ser Sikkin, quando entravamos nas lojinhas descobrimos que a maioria dos produtos vendidos eram produzidos ali mesmo, aquele estado parecia ser uma espécie de pequena cuba, e o centro da cidade não estava tão próximo do terminal de jipes, tivemos que andar uns dois quilômetros ladeira acima, como em Darjeeling a cidade ficava incrustada nas montanhas...

 

Opa! Aqui também tem bondinho! E esse funciona! Por que não passear, as meninas olhando a altura dos fios, não gostaram muito da ideia, mas acabaram me seguindo... Subimos no bondinho, que com o vento, mais balançava que tudo, quando o balanço era demasiado, o controlador parava de movimentá-lo e aguardava voltar sua estabilidade, para continuarmos nossa viagem.

 

A visão lá de cima era magnífica, a cidade, o Kangchenjunga, depois da aventura, continuamos nossa subida até o centro da cidade, e, ao chegar descobrimos que era muito charmosa, depois de cidades azul, rosa, branca... Era a vez da cidade todinha verde, paramos em um elegante café do local, para um chocolate quente, afinal aqui também faz muito frio, e já ia escurecendo, foi criado um impasse: as meninas queriam voltar para o hotel, eu queria continuar desbravando a cidade...

 

Nos separamos, cada qual seguiu seu caminho, continuei subindo, cheguei ao mercadão da cidade (Lall Market), aqui as frutas eram mais caras, os legumes não tão coloridos, obviamente tudo devia ser exportado, então não chegavam em boas condições, seguia observando símbolos e templos pela cidade, até chegar ao parque Deer, já não conseguia tirar boas fotos, pois estava escuro, e percebi que aqui era o ponto de encontro dos enamorados, jovens... Vinham sentar nos bancos e conversar, ao lado um laguinho artificial iluminado por lâmpada verdes, vi algumas escarpas entre as lótus, do lado do parque um grande santuário de orquídeas, mas já estava fechado, é... Acho que era hora de descer a montanha.

 

Não acordamos muito cedo, era o segundo dia no reino Sikkin, dia de visitar o famoso monastério de Rumtek, que em décadas passada suscitaram grandes duelos para deter seu poder (Muito ouro e relíquias no local) tentaram saqueá-lo, enfim agora guardas do estado ficam 24 horas protegendo o local...

 

Então vamos lá, algumas vans partem do centro da cidade, mas era o mesmo lenga-lenga, esperava o veículo lotar e então seguíamos para Rumtek, que fica a uns 35 km de Gangtok, os quilômetros eram poucos, mas a viagem foi longa com descidas e subidas das montanhas por estradas esburacadas, grandes paisagens até chegar à entrada do monastério, uma cerca simples com alguns guardas, pediam passaporte, visto de entrada do estado Sikkin e ainda tínhamos que preencher um imenso relatório, aqui na cidade verde de Gangtok em todo lugar tem muita burocracia, que nos dificultava a vida, mostramos os documentos e subimos um morro que circundava o vilarejo, umas crianças vinham a nosso encontro, as casinhas viravam vendinhas, um enorme paredão cheio de roldanas circundava a montanha, os fies subiam o morro a girando, alguns bem velhinhos seguiam devagar, em alguns momentos paravam para descansar, e lá encima da montanha, finalmente o monastério, que era imenso, lá de cima também podíamos ver toda a cidade de Gangtok, na portaria dois soldados com cara de mal estavam armados até os dentes, fomos revistados, entramos e vimos o quanto era bonito o monastério, em algumas salas nos proibiam a entrada, em outras tirávamos os sapatos para a visita, muitos detalhes a serem vistos, ficamos praticamente o dia todo por lá,

 

No retorno aguardamos muito tempo até que surgisse uma minivan, muitos oportunistas nos ofereciam condução até a cidade por preços exorbitantes, pagamos o preço exato, mas tivemos que esperar muito tempo!

 

Já na cidade tentamos procurar um passeio pelas regiões selvagens do reino Sikkin, mas logo mudamos de ideia, pois para tudo era necessário um pedido de autorização do governo do estado Sikkin e o pedido levava alguns dias, não tínhamos esse tempo todo, então decidimos partir para o Nepal, um Jipe saia as cinco da madruga e nos deixava na fronteira, em Kakarbhitta, daí seguiríamos para Kathmandu...

Marcelo Nogal

darjeeling dicas viagem
gangtok relatos de viagem
gangtok dicas mochileiros
gangtok rumtek dicas viagem

A MISSA DO MOCHILEIRO 

 

QUANTO TEMPO FIQUEI: 2 DIAS (VISITANDO RUMTEK E CAMINHANDO PELA CIDADE);

 

COMO CHEGUEI: DE JIPE (SAI QUANDO ENCHE) DE DARJEELING (6 HORAS DE VIAGEM);

 

ONDE FIQUEI: GUEST HOUSE NO CENTRO DA CIDADE;

OBS. (NA MAIORIA DAS VIAGENS QUE FIZ NÃO RESERVEI HOTEL - GERALMENTE FICO NOS MAIS BARATOS, QUE NÃO TEM NOME, NEM SITE NA INTERNET)

 

O QUE COMI: COMIDA INDIANA;

 

COMO ME LOCOMOVI: DE TÁXI ATÉ RUMTEK A PÉ PELA CIDADE;

 

PRA ONDE FUI: VOLTEI PRA DARJEELING;

roteiro nogal india

Roteiro Expedição Índia - Nepal

bottom of page