Uyuni - Bolívia (Dicas para ver o reflexo no salar)

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Hoje vou deixar algumas dicas pra quem quer e sonha em conhecer o Salar com o reflexo, que pra mim é uma das top10 maravilhas naturais do mundo... Um daqueles lugares que você tem q conhecer antes de morrer!!

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O reflexo não ocorre durante todo o ano, terá praticamente dois meses pra conseguir ver esse espetáculo da natureza: de Janeiro a Fevereiro, que é depois da estação chuvosa nos Andes, mas como as estações climáticas estão uma loucura pelo mundo esse tempo pode se estender ou diminuir...

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Outro detalhe importante é que quando você chega a Uyuni tem dois passeios de jeep específicos, o primeiro que a maioria das pessoas faz, que é o de cruzar em três dias de Uyuni até a fronteira com o Chile no Atacama. O outro de dois dias que é exatamente pra ver o reflexo... No de três dias eles vão ti dizer que você vai ver o reflexo, mas não vão ti levar na melhor parte, por um motivo: aonde irá dormir na primeira noite não fica tão próximo do local onde tem o reflexo, então o motorista passa pelo salar um pouco cedo, antes do por do sol estar no momento máximo para as grandes fotos no auge do reflexo... O motorista do jeep vai passar pelo salar, vai mostrar o reflexo meia boca e logo ele vai partir até seu acampamento em um hotel feito de sal... Isso não é uma regra, há exceções... Principalmente se ficar perturbando o motorista e negociar na hora da compra do passeio. Que quer ficar no salar até o sol se por totalmente... Até escurecer... Esse é o momento que realmente vale a pena!

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Em se tratando de Bolívia o preço vai parecer meio caro a principio, mas pelo que vai ver realmente vai ser compensador... Não vou deixar preços fixos, por que esse passeio é algo muito negociável, pela quantidade de pessoas que vai estar com você, pela quantidade de procura nas agências no dia que estiver por lá...

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Então quando chegar em Uyuni pesquise e negocie bastante a sua visita ao salar... Outra dica é: Planeje sua viagem com dois dias a mais! porque é possível que algum dia chova, ou o tempo esteja nublado, ai terá mais dois dias pra tentar novamente, porque vir até aqui e voltar frustrado pra casa por causa de um dia de azar é cruel!

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Parece loucura, mas pra quem curte fotografar, eu indicaria ir dois dias seguidos pro salar... O primeiro ficará tão enlouquecido com o que vê, que nem vai saber por onde começa a tirar foto, vai ficar perdido com tanta beleza e não vai saber se filma, tira foto ou admira a paisagem... Então minha sugestão seria: o primeiro dia só curte e observa os melhor ângulos e efeitos produzido pelo sol e no outro dia só fotografa! 

Nós pagamos pelos dois dias com uma noite no hotel de sal incluso + todas as refeições inclusas + guia por 80 dólares - Estávamos em 11 pessoas...

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UYUNI - DAS CORDILHEIRAS

 

Na cidade de Uyuni você só tem uma coisa pra fazer, ir até a pracinha central comer uma hamburguesa, tomar uma breja, conhecer outros mochileiros e aguardar o passeio de jipe. São muitas as opções, mas as mais procuradas são duas: A primeira é a de um dia visitando o Salar, ou a segunda opção: três dias indo até a Laguna... Escolhi a segunda, mas optando por ficar na fronteira com o Chile e seguir em um ônibus até San Pedro do Atacama...

 

Existe a possibilidade de cruzar os Andes de trem até Calama, mas as saídas são escassas e se perde muito tempo com esse tipo de viagem.

 

Pro tempo passar, circulamos pela cidade, o frio abaixo de zero, ninguém pelas ruas, parecia uma cidade fantasma, tiramos algumas fotos das construções típicas da região e voltamos para o restaurante: cerveja com hamburguesa, no outro dia o perrengue ia começar, não importa a empresa que comprar, terá que ter muita sorte para o jipe não quebrar e do motorista que vai te levar.

 

Nos ajuntamos com outros mochileiros do mundo e seguimos nossa expedição: a primeira parada foi no cemitério de trens, o visual é fantástico daquelas carcaças enferrujadas no meio do deserto, a segunda parada foi no Salar, provei um pouco do sal, pra ver se era real, a claridade ofuscava, parecia impossível filmar algo e o azul do céu transformava aquele cenário inóspito num local paradisíaco, eram quilômetros e mais quilômetros rodeados por sal!

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Seguimos pelo Salar até a Isla Pescado, foi quando percebi que aquele local, a milhões de anos atrás, fez parte do mar, agora só restava o sal e a ilha cheia de cactos, a imagem era fascinante, um dos locais mais lindos e exótico que tinha conhecido até então, mal eu sabia o que me aguardava... Paramos em um vilarejo para pernoitar, em uma pousada feita de sal, a construção típica servia como isolante térmico contra o frio cortante dos Andes, atualmente foram construídas várias pousadas e hotéis de sal em diversos vilarejos em torno do Salar, resolvemos explorar a região, antes do anoitecer, além das lhamas e vicunhas encontramos mulheres extraindo de forma arcaica minério das montanhas, elas ficaram muito bravas com nossa presença, tivemos que voltar e na escuridão, outro espetáculo: Olhar para o céu e contemplar a via láctea...

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No outro dia bem cedinho, partimos rumo ao parque Dali, outro cenário atípico se desvelava, as formações rochosas produzidas por lavas vulcânicas, a árvore de pedra, diversas lagunas iam fazendo parte do horizonte entrecortado por montanhas cobertas de neve, a paisagem era de cair o queixo, o frio de rachar o coco, até que chegamos a Laguna Colorada, outro espetáculo: os flamingos, as cores da laguna...

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No último dia novamente bem cedinho, saímos cruzando rios agora congelados pela temperatura local, até subir a cinco mil metros de altitude e ver os gêiseres do lado boliviano, o cheiro de enxofre era forte, o fumaça dava um tom místico ao local, algo que lembrava marte, depois seguimos para o Gran Finale: a Laguna Verde e ao fundo o vulcão Licancabur, diria, sem sombra de dúvida, que é um dos lugares mais lindos do mundo, sem igual... A expedição pelos Andes tinha valido a pena!

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Marcelo Nogal