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Relato  Colombo & Negombo

Um mochileiro atravessando a Ilha num Tuc-Tuc (parte 1)

Desde pequeno eu era tarado por bandeiras de países, ficava horas e horas com o Atlas me deliciando com os vários tipos de bandeiras, e, tinha uma que me chamava mais a atenção: Era a bandeira exótica do Sri Lanka, ai ficava imaginando: “Como será esse país com esse dragão esquisito?” Depois de muitos anos, tinha chegado esse momento...

            O Sri Lanka é uma imensa ilha asiática, que fica ao Sul da Índia, quase que isolada do mundo... Na idade das trevas ela foi citada por Marco Pólo, em seu livro ‘Il Milione’, escritas que incentivaram às navegações marítimas de Portugal invadir a ilha, e depois de conquistá-la a nomeou como Reino do Ceilão e consequentemente fundou a capital “Colombo”, depois com a independência da ilha, o povo retomou com o nome antigo daquela nação: “Lanka = Ilha” “Sri = Sagrada”. Na década de 80 a ilha foi arrasada por uma guerra civil. Sri lanka é um mister de religiões e das culturas que passaram por lá: Hinduísmo, Budismo e Cristianismo...

            Foi com esse prisma que chegamos à pousadinha que reservamos (Icebear Guesthouse) em Negombo (seis dólares a diária), o dono do estabelecimento veio nos recepcionar apenas com um sarongue, descalço, sem camisa e com a imensa pança a amostra! Por lá a maioria dos homens andavam apenas de sarongue (Uma espécie de saia) pelas ruas da cidade, ficava impressionado com a grossura da sola do pé deles e de como são sentiam o calor escaldante no chão de asfalto ao caminhar... As mulheres usavam belos sares coloridos...  A vila dos pescadores em Negombo era algo espetacular, ainda mantinha a tradição milenar, deixavam os peixes secando ao sol, sobre um imenso tapete de palhoça, as mulheres faziam o trabalho mais difícil, separando os melhores pescados...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A feira ficava do lado, e cheirava a sangue, lá mesmo os peixes eram abatidos e pesados em antigas balanças... Observar tudo aquilo era uma volta ao passado... Quando íamos comer junto ao povo, notamos que os pratos nos restaurantes eram envolvidos com um plástico, onde colocavam a refeição, não tinha talher, tínhamos que comer com os dedos, e depois quando encerrávamos o almoço, era só tirar o plástico e jogar no lixo! O prato estava limpo e nossos dedos melecados de curry e pasta de cardamomo, também provamos um refrigerante típico da Ilha, ‘Cream soda’ com um gosto parecido com caramelo...

            Conversando e negociando com o dono da Guesthouse, conseguimos alugar um tuc-tuc por 100 dólares (4 dias), queríamos desbravar a ilha por conta própria, livres para conhecer o Sri Lanka,  mas havia um detalhe: tínhamos que ter uma habilitação para dirigir o tuc-tuc pelo país... Seguimos para Colombo, para conseguir a tal habilitação no DETRAM deles...  Mas antes aproveitamos para visitar a linda Mesquita Vermelha (Red Masjid) no coração de Colombo!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas não estava fácil encontrar o ‘DETRAM Sri’, até que perguntamos para um jovem condutor de Tuc-Tuc local, que prontamente nos levou até lá, melhor que isso, disse que conseguia um esquema de nos passar na frente, pois a fila seria enorme e que levaríamos dias pra conseguir o brevê, logo percebi a herança portuguesa nesse país... Quanto? (65 dólares a mais), em rupias cingalesas, era muita grana pra eles, um total de 10 mil rupias, pra nós 65$ dividido pra duas pessoas não era quase nada, valia a pena tentar e ganhar tempo... Tinha apenas mais quatro dias no Ceilão! Foi tudo muito rápido: senha, deixar o passaporte e habilitação brasileira + xérox, depois foto, depois assinar e preencher os papeis com nossos dados, pagar a habilitação e o valor a mais, e por fim retirar a brevê cingalês... Pronto, já estava apto para pilotar um Tuc-Tuc... Eu que nunca tinha pilotado uma moto na vida, imagina um Tuc-tuc... Medo!

               Foi assim que nos encontramos com nosso Tuc-Tuc, o dono nos ensinou onde acelerava, onde brecava, como passava as marcha e como colocava a gasolina, pagamos os 100$ e deixamos mais 100$ de calção, e rapidamente empolgados pegamos a estrada (mão inglesa), sem GPS, sem mapa, sem nada...


Marcelo Nogal

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