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Relato Xian

A CAMINHO DA TERRACOTA

 

Tudo tem dado certo, meus planos, iam muito bem... Consegui um lugar para guardar minha bagagem, comprei a passagem com certa facilidade para Pingyao, não foi difícil achar o ônibus que seguia para a terracota, mesmo eles não entendendo nada do meu mandarim e muito menos do meu inglês, e, ainda diria que são poucos os que entendem a nossa escrita ocidental, tipo 0,001% dos chineses... Ou seja, negociar é uma maravilha, quando entro num restaurante, as garçonetes me olham assustadas, como se dissessem com os olhos: “Agora lascou!” Também não entendo nada das figuras linguísticas do mandarim. Escolho um dos pratos, na sorte. Como sei que qualquer um deles é uma variação de sopa, tá tudo certo.

 

Ainda vou sofrendo com os pauzinhos, logo, logo, lhes ensino as técnicas de comer a sopa chinesa, mas se um dia vier para cá, traga de casa um garfo e uma colher...

 

Enquanto isso, tomando um refrigerante com gosto de rosa, chegava à Terracota. O lugar me impressionou, estava empolgado por utilizar a nova máquina fotográfica, tudo se conjuminava, e, de repente, alguém diz: “Posso tirar uma foto?” “Ok, ok, já estou saindo da frente.” “Não, não, você não entendeu! Você, meu marido e minha filha juntos na foto!” “Mas e a Terracota?!” “Não, não, não, foto de você, que importa...” “Ok...” Deve ser um fã japonês do blog...

 

Havia centenas de soldados descobertos naquele sítio arqueológico, cada um com uma face, imensos, dispostos em fila, eram incríveis, passei a tarde ali, na observação, nas fotos, mas alguma coisa tinha de acontecer errado... No retorno, tentava pegar um ônibus até o terminal rodoviário, uma senhora de uma Minivan disse que me deixaria lá, mas fui enganado, me deixou num lugar e apontou a rodoviária: “É lá...” “Ok...” Quando olhei mais atentamente descobri que era um parque...

 

Não tinha a menor ideia de onde estava, eu só sabia, que naquela hora, já não dava mais pra ir pra Huan Shan... É, ia ficar pra próxima, agora tinha coisas mais interessantes pra resolver... Sair dali, arrumar lugar para dormir... Olhei pra parede a minha frente e vi uma pequena plaquinha: “Hotel” segui pra lá... Quando entrei, aquela carinha típica chinesa de “Agora lascou!” da recepcionista. Pensaria o mesmo se não achasse esse hotel, momento de sorte novamente... Agora não pergunte onde fica na cidade... Que eu jamais saberei lhe dizer... O importante foi que este local me salvou... Tinha onde dormir em Xian...  A negociação no hotel, deixa pra lá, foi mais que complicada, mímicas e mostrando as notas de Yuan pra saber o valor do hotel e tal... Eu adoro me comunicar na China...

Marcelo Nogal

xian terracota dicas viagem

A MISSA DO MOCHILEIRO 

 

QUANTO TEMPO FIQUEI: 1 DIA (CONHECER A TERRACOTA);

 

COMO CHEGUEI: TREM NOTURNO DE SHAGHAI -

CHINATRAIN;

 

ONDE FIQUEI: FIQUEI EM UM HOSTEL QUE NÃO SEI O NOME (ESTAVA EM MANDARIM) E NINGUÉM FALAVA INGLÊS, SÓ SEI QUE PAGUEI 20 DÓLARES;

 

O QUE COMI: COMI SOPA;

 

COMO ME LOCOMOVI: PEGUEI UM ÔNIBUS DA ESTAÇÃO ATÉ A TERRACOTA

 

PRA ONDE FUI: PEGUEI TREM NOTURNO PARA PINGYAO;

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