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Relato Halong Bay

PASSEIO LATINO

 

Estava tranquilo para fazer o tour, como era de se esperar o ônibus atrasou uma hora, bem vindo ao Vietnã, e, até pegar os passageiros por toda cidade, que é caótica, se foram mais uma hora, moral da história: chegamos as duas horas da tarde em Halong City e não se esqueça de levar seu passaporte, pois sem ele, você fica pra traz, não te deixam embarca no navio.

 

Eles aprendem seu passaporte, pois tem medo de levar calote no que é consumido dentro do navio, depois quando pagar a conta no outro dia, eles o devolvem, durante o percurso descobri que estava entre latinos, um espanhol casado com uma mexicana que vive na China, duas amigas chilenas, um argentino e um Italiano atrapalhado, tinha também um casal Francês, um família alemã e um Inglês com descendência indiana, e um guia baixinho que só sabia uma palavra em inglês: ‘Follow me!’ Que vivia pedindo conselhos à sua agência pelo celular e fazia tudo o contrário do combinado...

 

No almoço, antes da embarcação se lançar a baia, comemos comidas típicas vietnamitas como bolinho de verão, peixe, batata doce e arroz, a bebida não estava incluída.

 

Depois começou o passeio, estava frio, o céu cinza não deixava a paisagem como esperávamos, na verdade tudo era muito bonito, mas eu não me sentia livre naquele tour, mesmo sabendo que era a melhor opção, não me sentia feliz navegando em um cruzeiro por Halong Bay, valia mais a pena a companhia dos latinos naquele momento.

 

O navio atravessou a baia em cerca de uma hora e meia, foi quando atracamos em uma ilha, muita gente, pois todos os navios paravam lá, na montanha uma gruta, com estalactites e outras cositas mais e o guia sempre dizendo: follow me!

 

Com pouco tempo para tirar fotos, fomos subindo até um mirante onde se podia ter uma bela visão de Halong Bay, mas quase não tinha espaço para um foto e se a quisesse muito, teria que aguardar pacientemente a sua vez, já esperava por isso, afinal estava em Halong Bay, uma das sete maravilhas naturais do mundo, segundo uma votação feita pela internet!

 

Descemos o mirante e fomos levados aos caiaques, sim, agora a diversão finalmente parecia ter início, a maioria dos tripulantes não fez o passeio, talvez pelo frio, talvez pelo medo de se afogar...

 

Como o Argentino tinha se tornado meu parceiro, seguimos baia adentro, e, agora sim, sentia a liberdade, o contato com a beleza natural local... Era esse tipo de viagem que queria ao longo de Halong Bay, sair de caiaque sem destino, parar em uma das montanhas para descansar e admirar a paisagem, escalar outras quando possível, fazer parte do local, não ser apenas um mero telespectador que passa em um navio tirando fotos, mas esse era um sonho impossível naquele momento, tínhamos apenas trinta minutos para navegar pelas aguas de tons esmeralda de Halong, já era quase cinco da tarde, e começava escurecer, e, tirar fotos começava a se tornar algo difícil... Voltamos, estava um pouco feliz, pelo passeio, talvez o melhor momento durante minha estadia no Vietnã, hora do jantar, a mesma refeição do almoço...

 

 O Italiano era todo atrapalhado, pagou o dobro pelo tour, sempre estava perdido e suas delongas sempre eram chatas, ou sem propósito! As chilenas eram divertidas, e seguia o tradicional estilo Latino Americano de ser: de achar que viagem é status, se irritavam quando o tour não seguia o horário... O casal (espanhol e mexicana) eram muito simpáticos e calorosos, o argentino show de bola, o inglês pirateado da Índia tinha sempre aquele tom de empáfia e falava sem parar...

 

A noite chegou, hora de dormir em Halong... No horizonte, diversos navios pareciam estrelas brilhando na escuridão... Estávamos naquele barquinho de madeira a deriva, no remanso calmo das águas cristalinas da baia...

 

Pela Manhã vários vendedores ambulantes com seus barquinhos se aproximaram de nossa embarcação, para tentar nos vender alguma coisa para o café da manhã, as vendedoras nos ofereciam frutas exóticas, chás e café... Depois do café retornamos para a cidade de Halong, o tour “follow me” tinha chegado ao seu fim de forma melancólica, com céu ainda acinzentado...

Marcelo Nogal

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A MISSA DO MOCHILEIRO 

 

QUANTO TEMPO FIQUEI: 2 DIAS (NAVEGANDO PELA BAÍA);

 

COMO CHEGUEI: ÔNIBUS DE HANÓI (2HS);

 

ONDE FIQUEI: DORMI NO BARCO;

 

O QUE COMI: COMI ARROZ COM PEIXE;

 

COMO ME LOCOMOVI: FIZ TODO O PASSEIO DE BARCO;

 

PRA ONDE FUI: VOLTEI PRA HANÓI;

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