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Relato Bagan

ONDE O FEIO É BONITO

 

Em Myanmar todos apaixonados por cinema, e muito mais por futebol, quando cheguei à cidade de Bagan, as quatro da madruga, todos os botecos estavam abertos, todo mundo assistindo a Liga Inglesa pela ESPN, no outro dia quando sai com minha camisa do Icasa pela cidade foi o maior sucesso, paravam de moto para tentar trocar a camisa por pinturas, outros tentavam comprá-la, chegaram a oferecer 50 dólares por uma simples camisa de futebel que nunca ouviram falar... Se fosse hoje pegaria os 50 dólares fácil, fácil!

 

As crianças trabalham muito por aqui, depois do serviço gastam boa parte de seu dinheiro jogando Pro Evolution em pequenas barracas montadas nos meio das pagodas.

 

As pessoas vivem circulando em carroças, com suas vacas, os caminhões passavam carregados de gente pela pequena estradinha cercada pela ravina e por mais de 100 pagodas, que fazem parte do sitio arqueológico na antiga Bagan...

 

Eu ia pedalando debaixo de um sol escaldante pela região observando a tudo, parava em uma pagoda, subi no cume do Templo de Minyeingon, tinha uma visão deslumbrante da região e suas diversas pagodas no meio da selva, todas alaranjadas e pontiagudas...

 Os turistas preferiam fazer o passeio de balão por cem dólares, para ver lá de cima, aquele mar verde sendo cortado por ruínas íngremes, restos de templos de um antigo império asiático. Pagan era a capital do primeiro império Birmanes, e as pagodas deste vasto império que margeavam o rio Irauádi se estendiam por uma região de 41 km2  , depois entrei no Dhammayangyl, com orações esculpidas na rocha alaranjada, havia diversas pagadas menores com estatuas negras de buda dentro, naquelas pagodas cabiam apenas um monge e nada mais... Ia pedalando, entrecortando estradas de terra, na época não tinha um celular com GPS para me orientar, e grande parte das pagodas não estavam com identificação, então ficava difícil saber por qual tinha passado, muitas eram parecidas, acabei me perdendo e parando em um descampado cheio de gramíneas com espinhos rasteiros, o caminho de terra que seguia se extinguia ali, até que acabei chegando ao templo de Tayok Pye... Ao lado birmaneses sem teto que viviam em barracas faziam artesanato e vasos com a argila local.

 

Eu não estava me sentindo bem, o almoço estava embrulhando meu estomago, a comida em Myanmar era muito gordurenta, na verdade o óleo que fizeram o frango devia estar ali há um bom tempo... Parei de pedalar e vomitei ali mesmo, aquela foto no final de tarde poderia ser eu contemplando uma das pagodas, mas não era uma foto de alívio e com a garganta azeda...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

     

Marcelo Nogal

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A MISSA DO MOCHILEIRO 

 

QUANTO TEMPO FIQUEI: 2 DIAS (PEDALANDO PELAS 100 PAGODAS) ;

 

COMO CHEGUEI: ÔNIBUS NOTURNO DE YANGON - BAGAN MINNTNAR EXPRESS;

 

ONDE FIQUEI: EDEN MOTEL - 15 DÓLARES 

 

O QUE COMI: COMI ARROZ COM TOMATE E FRANGO NO CENTRO DA CIDADE;

 

COMO ME LOCOMOVI: ALUGUEI UMA BIKE DO LADO DO HOSTEL (15 DÓLARES)

 

PRA ONDE FUI: VOLTEI PARA YANGON;

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