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Relato da Transilvânia

Brasov – No reino de Conde Drácula!

 

O ônibus seguia pela sinuosa estrada da Romênia, no famoso estado da Transilvânia, até que após uma curva o castelo de Bran surgiu diante dos nossos olhos, era uma visão deslumbrante, nunca tinha visto um castelo tão imponente e aterrorizante. E ficava lá isolado no meio das montanhas...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rapidamente passava pela cabeça todas àquelas histórias literárias de Bran Stocker, ou do filme de Oliver Stone, imaginava aquela mesma cena no rígido inverno da Europa, de como seria este castelo na idade medieval, de como seria difícil chegar até aqui e de imaginar o horripilante reputação do Conde Draculus...

 

Desci do ônibus empolgado, ansiosos para conhecer o Castelo do vampiro mais famoso do mundo... Ainda bem que não era uma jornada noturna, pois a imensa cruz armênia que fica na rampa de acesso ao castelo impressionava.

 

A entrada também era sinistra, diversos degraus para chegar até a porta, sentia uma estranha mistura de sensações, mistério, suspense, estranhamento... Parecia que alguém estava me observando, que de repente pularia em meu pescoço...

 

Tudo parecia muito velho com cheiro de mofo, ao entrar no castelo as salas eram úmidas e escuras, na sala de estar um urso abatido servia de tapete, do lado um piano empoeirado e sobre ele candelabros com velas acesas, esse cheiro de velório não me agradava, a escada que levava aos outros cômodos era circular e bem estreita, pelas pequenas janelas pouco se via do lado de fora, ficavam altas de mais, acho que só um morcego poderia passar por elas, em outra sala bem escura, uma cadeira e mesa de madeira bem rude, era o local onde Drácula escrevia suas cartas românticas a Mary. Algumas gotas de sangue manchavam a mesa...

 

Do lado uma das vestimentas do Conde o cruel, antes de se transformar no vampiro, quando empalava seus prisioneiros de guerra. Lá estava sua espada e manto negro de guerrilha. Nessa sala também se tinha acesso a uma escada secreta, que levava até a torre, mais escura e estreita do que a anterior, tinha que subir gatinhando em meio as teias de aranha, acho que somente um lobo negro poderia subir essa escada com maestria, lá encima ficava o quarto do conde, era aterrorizante, apenas um caixão negro e podre no meio do quarto e uma foto do conde na parede. Será que encontraria a estaca que Van Helsen tirou a eternidade do vampiro aqui no castelo?

Marcelo Nogal

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