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Relato New York

Maldita Saudade - Miss you New York!

Hoje acordei com saudades de New York!  Eu sou meio assim sentimental, tenho mania de ter saudade de coisas boas que fiz na vida, e, têm algumas lembranças que me torturam... E uma delas é dessa maldita metrópole! Ai vem o questionamento: por que essa imensa cidade de cimento me encanta tanto, me seduz tanto em querer voltar? Justo eu... Um cara que não gosta de lugares glamorosos, que prefere estar nas montanhas em meio à natureza hostil... Lembro que moro em outra metrópole de pedra localizada no hemisfério sul, imerso nessa cultura de raças, cores e poeira...

Vivo nessa artéria musical, gastronômica, em que noites viram dias e dias se transformam em noites... Nessa boêmia cheia de vida, velocidade, novidades... E se falo dos adjetivos de São Paulo, estes são espelhos a New York... Mas essa pulsação transcende, não só a metrópole meia-boca latina daqui, mas transcende até ao restante dos Estados Unidos, transformando num lugar singular, enveredado por nossos deslumbres cinematográficos... Como andar pelas ruas do Queen´s e não lembrar do Homem Aranha? Como andar pelas ruas de Brooklyn e não lembrar de Ghost...  A lista é infinita...

Até os lugares clichês, são divertidos de se estar e sentir! O trivial que a cidade pode proporcionar ao visitante é que causa o meu “miss you”. Por incrível que pareça, por mais idiota que seja, tenho saudade de comer um pedaço da horrorosa pizza de Manhattan, num dos barzinhos da Time Square por 6 dólares! Lá pela madrugada, quando as ruas estão quase vazias com toda aquela iluminação, o vapor escapando dos canos e se elevando do chão... E a gente amontoado com um monte de indiano tentando colocar queijo ralado na pizza... Aquilo era Manhattan! E dava prazer estar naquele lugar sujo e iluminado vendo uma norte-americana bêbada passar de topless com uma bandeira dos Estados Unidos desenhada nos imensos peitos de silicone... “Miss you” era comprar um sorvete, no tradicional caminhãozinho branco de Ice-creame do lado do Rockefeller Center, de olhar pra cima e soltar uma Interjeição aos céus “Uallllll”, de olhar para um lado e ver a catedral gótica de Sant Patrick incrustada no meio dos arranha-céus e quando subir um dos prédios mais alto da cidade, poder ver a piscina verde que é o Central Parque, margeada por uma imensa floresta cinza de pedra...

E quando o cinza acaba, e New York continua com o azul de Uper Bay, e, até mesmo ao chegar do lado da estátua de Liberdade e se decepcionar com seu tamanho, da saudade! Dessas frustrações de saber a verdade sabe? De se aborrecer por não conseguir tirar uma foto do lado do Toro da Wall Street, de tanta gente que tinha por lá, das tristes recordações que o memorial de 11 de setembro proporcionaram...

De saber que nem tudo é perfeito, até mesmo em New York... E é desses momentos que dá Saudade... E principalmente quando viramos uma esquina, que não está nos guias de turismo, quando vemos olhares, cheiros, ritmos inexplicáveis da metrópole...  Quando entrava nas estações de metrô, eu praticamente imergia nesse submundo, era lá que tinha mais contato com os nova-iorquinos, seus olhares, suas flores, seus livros, o barulho do vagão... Assim prosseguia nessa divagação mental, seguia até a última estação em Coney Island! Descobria outro mundo maluco dentro de New York... Um mundo que tinha praia, grafite nas paredes e parques de diversão e muitos jovens se divertindo... Ahhh, a boêmia! A vida sendo vivida de forma vibrante e tão jovial... E nesse mesmo Metrô ia até a outra ponta, chegava a Harlem! O som mudava, o cheiro mudava, a arquitetura mudava, mas ainda era New York... Era a região de negros que andavam com seu gingado, com sua cultura... Eu adorava tudo aquilo, essas mudanças drásticas e efêmeras de uma estação a outra... 

Adorava poder apreciar a ilha de Manhattan de ângulos diferentes com seus pores de sol, era outro ponto forte que os trilhos subterrâneos me levavam, do lado de New Jersey, ou atravessando a ponte de Brooklyn... Dava vontade de querer encontrar mais ângulos pra ver a cidade anoitecer, “miss you” do sol se escondendo por trás dos prédios, dos trens cruzando as pontes e sumindo em solos de pedra, em meio em emaranhados de ferro, que se entrecruzavam nas ruas de Manhattan...

E como se esquecer dos museus... Dos vários que existem na Big Apple... E de ser o maluco o suficiente pra querer visitar todos em poucos dias... Uma overdose de Renoir, Van Gogh, Dali, Andy Warhol... E até mesmo visitar o bar mais antigo de Manhattan, que não deixa de ser um museu do levedo e lúpulo da cidade: McSorley’s Old Ale House, fundado em 1954... Ai acabamos caindo novamente nas telas de cinemas, vendo os dinossauros em “uma noite no museu!” e o pior de tudo, talvez eu saiba agora o motivo de todo esse saudosismo... Está chegando o Natal! E... Eu vou ser obrigado a assistir novamente “Esqueceram de Mim!”             

Marcelo Nogal

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A MISSA DO MOCHILEIRO 

 

QUANTO TEMPO FIQUEI: 3 DIAS VISITANDO: 

Central Park;

Time Square;

Metropolitan;

MOMA;

Rockfeller;

Estátua da Liberdade;

Coney Island;

Harley;

McSorley’s Old Ale House;

Brooklyn;

 

COMO CHEGUEI: Voo São Paulo - New York;

ONDE FIQUEI: Q4 hostel no Queen´s - 35 Dólares por dia; 

O QUE COMI:  Almoço comida indiana - 6 Dólares,

Pizza na Time Square - 5 Dólares

 

COMO ME LOCOMOVI: De metro pela cidade - 35 dólares o bilhete mensal;

 

PRA ONDE FUI: PEGUEI UM ÔNIBUS ATÉ WASHINGTON;

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