Relato Mérida
ONDE SE INICIA O CARIBE
O México é um país que estou aprendendo a gostar, viajar por aqui nunca foi tão fácil, o ônibus é eficiente, mesmo a empresa Ado monopolizando o serviço e encarecendo as passagens. Do lado dos terminais estão as hospedagens mais baratas, em Mérida consegui uma hospedagem com banho privado por apenas 100 pesos.
Um ônibus te deixa na entrada das ruínas de Itzá por 62 pesos, um pacote custa 120 dólares na cidade e inclui guia na visita, como não quero saber de guias, vou por conta, a única coisa que me deixou aborrecido foi não me deixarem entrar com meu tripé só sítio arqueológico, cobravam 3600 pesos... Isso me magoou bastante, como posso fazer minhas filmagens!
Peguei o primeiro ônibus para Chichén Itzá e valeu a pena ter acordado às cinco da madruga, o primeiro sai às 6hs e depois de duas horas estava no sítio arqueológico, o funcionário do guarda volumes e os vendedores de artesanato nem haviam chegado, digo isso, porque às 11hs todos os turistas começam a chegar de Cancun e Mérida, em grupos, ai fica difícil tirar fotos, muita gente poluindo a imagem! Sem contar que cedinho o clima é mais ameno: Na península de Yucatan nessa época do ano (Julho) faz muito calor, a umidade do ar chega a 85%, e lá pelas 4 horas da tarde é quando passo mal, de tão abafado que fica o ar, os vários bares de Mérida não tem ventiladores eficazes, é quando apelo para as cervejas, aqui a Coroa, e é por volta dessas horas que cai a tempestade diária, cerca de meia hora de chuva forte, que são suficientes para alagar as estreitas ruas históricas da cidade e molhar todo meu All Star!
Vou provando tacos, picadillos, chincharron... Tudo muito gorduroso e picante, o que eu mais gosto é que tudo é feito na rua em pequenas barracas e como muito por alguns dólares.
Os mexicanos sempre me perguntam se sou argentino ou espanhol, porque falo o castelhano muito rápido, eu também tinha percebido isso, achava que os mexicanos apertavam a tecla slow motion para falar...
Voltando a Chichén, digo que as ruínas não me impressionaram, eu já esperava que isso fosse acontecer, depois de ter conhecido Machu Picchu e Angkor, mas o motivo não era por sua engenharia: Em todos lugares que visitei até então, nunca implicaram com o “Hubble (Meu tripé)”, segundo incomodo: não transcender provando do local! Pra mim só olhar as ruínas e não poder tocar, não poder subir nas pirâmides Maias, sentar, beijar, rolar... É como se estivesse vendo as imagens pela TV. Vão me dizer da preservação, mas em Machu Picchu pude tocar, no Taj Mahal pude Beijar... Aqui o máximo que as pessoas fazem são bater palmas para escutar o eco produzido pelas construções, por todos os lados vejo os turistas cantando parabéns pra você!
A história Maia, a pirâmide é legal, mas sei lá, só caminhar tirando fotos dos cercadinhos não me encanta... Já as mexicanas diria que a maioria me encanta, quando chega a tardinha vão para a praça da cidade escutar música, as acho sensuais, com um charme latino-americano que amo...
Mérida é uma cidade colonial ao estilo espanhol e os bares até hoje lembram os saloons do velho oeste, nunca se vê o que acontece lá dentro. Os ônibus são os mais antigos possíveis: jardineiras verdes que não via desde quando estive na Bolívia.
Os mexicanos parecem ser mais apaixonados por futebol do que os brasileiros, em todo instante eles estão assistindo um jogo, a camisa que mais vejo pelas ruas é a do Chivas, bom agora é hora de zarpar rumo as praias de Cancun.
Marcelo Nogal


A MISSA DO MOCHILEIRO
QUANTO TEMPO FIQUEI: 2 DIAS (CONHECER CHICHEN ITZA E CAMINHEI PELA CIDADE);
COMO CHEGUEI: DE ÔNIBUS NOTURNO DA CIUDAD DO MÉXICO;
ONDE FIQUEI: HOTEL LUGSUA - 100 SOLOS
O QUE COMI: COMPREI PÃO E QUEIJO EM UM DOS MERCADOS DA CIDADE;
COMO ME LOCOMOVI: NÃO COMPREI PACOTE PRA CHICHEN ITZA, DO TERMINAL SAI UM ÔNIBUS BEM CEDINHO (5HS), PELA MANHÃ NÃO TEM QUASE NINGUÉM, DEPOIS VOLTEI COM UM MICRO QUE FICA PARADO NA PORTA (SAI QUANDO ENCHE);
PRA ONDE FUI: PEGUEI UM ÔNIBUS AS 17HS PARA CANCUN (4HS DE VIAGEM); EMPRESA DE ÔNIBUS MÉXICO - ADO -