Surpresas da vida!

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Ia dentro do ônibus cantando aquela música: “Paraíba masculina, mulher macho sim senhor!”, como não sou nenhum Pavarote, a galera dentro do ônibus ia se irritando, mas na verdade a única coisa que eu sabia a respeito do Estado da Paraíba era a musiquinha, mas chegando a rodoviária tudo mudou... 

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É um dos poucos terminais que ficam próximos ao centro da cidade e o único que não exploram os passageiros, o preço do café é justo! Sai para caminhar pelo centro histórico e me diverti. Em priori com a calmaria local e em segundo com as construções históricas elegantes: a casa do azulejo, a Praça da Independência, a Casa da pólvora, as simpáticas igrejinhas, como a de São Francisco, as antigas ruas de paralelepípedo...

 

Fazia tempo que não me divertia tanto em meio a construções históricas! Parei para descansar no Grande Lago do parque Sólon de Lucena, ao lado uma obra de arte indígena interessante, enquanto respirava fundo para continuar minha vida itinerante notava os detalhes da bandeira da Paraíba com cunho anti-racial, que é bem legal! Escrito ‘Nego’ com palavras brancas, na parte vermelha... Gostei!

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Agora era hora de descobrir as praias de João Pessoa! Novo Deleite: caminhado pelas orlas da Praia Verde até Tambaú só águas esverdeadas, tranquilidade, vendedores de algodão doce, sol o dia todo, pessoas simpáticas... Parecia estar andando pelo interior! Nada de estresse, a vida por aqui parecia ser uma beleza! Estava chegando no final da praia e avistei o farol do Cabo Branco, de lá é possível observar toda cidade de um mirante, é onde fica um museu de cultura paraibana e a estação ciências da cidade...

 

Continuando pela mesma Avenida do Cabo Branco chego ao Pontal do Seixas o ponto mais oriental do Brasil, diríamos que a parte do Brasil mais próxima da África fica do lado do farol que tinha avistado antes. Estava lá, via entusiasmado a imensidão do mar, alguns arrecifes criando tonalidades diferentes na água e lá embaixo na Praia do Seixas, pessoas deitas debaixo de coqueiros...

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Quantas surpresas mais terei em João Pessoa? Ah lembrei mais uma música paraibana, a dos Raimundos! Ora de voltar a cantar...

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Marcelo Nogal