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Relato Ciudad del Est

O “PARAÍSO” DE MUITOS

 

Por que não mochilar pelo Paraguai? Tá certo que encontrar outra Larissa Riquelme é mais difícil do que ganhar na mega-sena acumulada. Então nada melhor do que iniciar nossa peregrinação pelo Paraguay (Com y) pela fronteira mais famosa da América Latina.

 

Sacoleiros de plantão! Um Forasteiro Tupiniquim estará infiltrado nessa viagem... Para chegar à Ciudad Del Est é fácil, sai um coletivo internacional do terminal rodoviário de Foz do Iguaçu, que atravessa a ponte, fronteira e te deixa no paraíso das compras! Mostrar seus documentos na aduana é coisa do passado, eu acho...

 

O entra e sai constante de milhões de pessoas não permite coisas do tipo, mas lembre-se, se você quer continuar sua jornada Paraguay adentro será necessário o carimbo na aduana! Os sacoleiros vão tirando fotos do rio que separa os dois países latinos, muitos desistem dos ônibus e seguem caminhando pela ponte da amizade. De longe os edifícios que se elevam ao céu dão um ar de prosperidade àquela cidade, mas quando a avistamos de perto não é nada disso. Os prédios têm um ar de construção antigo futurística, que me lembra do filme “Blade Runner” ladeiras, com seus prédios alinhados de forma desordenada, a meio de velhas construções escuras e frias, arrastando por toda calçada as barracas de camelôs com lona azul ou laranja...

 

Toda aquela sensação intimista, claustrofóbica me causa desconforto, tento sair daquela região central, e rapidamente percebo a realidade daqui: Como o Peru e a Bolívia a pobreza esta por toda parte: ruas sujas e de terra, gente humilde e desnutrida, começo a olhar para os lados e não vejo nada interessante para tirar fotos. Talvez os paraguaios tomando tereré, talvez uma nota de Guarany, quase extinta por aqui, percebo que esta cidade só serve de galpão para Brasileiros, Chineses e Libaneses venderem seus produtos e os paraguaios de origem, em suas barraquinhas de camelô pela rua: vendendo roupas, produtos falsificados (Cds, ferramentas, brinquedos e outras quinquilharias)...

 

Os ônibus turísticos param atrás do Edifício América, e lá vem a massa, que parece eufórica, com o desejo louco por compras... Precisam consumir e acreditam que aqui tudo é mais em conta... Fazendo os cálculos com transporte, alimentação, hospedagem mais o produto, acabo notando que o produto acaba saindo pelo mesmo preço de São Paulo, analisando os preços nas Galerias: Lai Lai, Vendome, dentre outras temos eletrônicos com preços interessantes (sem impostos)...

 

E assim os turistas vão enchendo as sacolas, no retorno alguns pegam lotações, outros coletivos, outros de moto, ou simplesmente atravessam a ponte, para quem vai por meio de transporte pode arriscar a sorte e o veículo não ser revistado na aduana, quem vai a pé, não tem essa chance, tem que declarar suas compras antes de sair do Paraguay, se o valor ultrapassar a cota, deve pagar o imposto devido...

 

Como quero seguir rumo a Asunción, vou até o Terminal Rodoviário de Ciudad Del Este, para chegar até lá, basta seguir pela mesma rua central por uns 30 minutos... Hora de sair desse Inferno! Sinto que este lugar não foi feito pra mim...

Marcelo Nogal

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A MISSA DO MOCHILEIRO 

 

QUANTO TEMPO FIQUEI: 1 DIA (CAMINHAR PELA CIDADE);

 

COMO CHEGUEI: ATRAVESSEI A PONTE DA AMIZADE CAMINHANDO (É POSSÍVEL PEGAR UM COLETIVO);

 

ONDE FIQUEI: FIQUEI HOSPEDADO EM FOZ DO IGUAÇU;

 

O QUE COMI: COMI LANCHES VENDIDOS NA RUA;

 

COMO ME LOCOMOVI: CAMINHEI PELAS LOJAS E VOLTEI DE COLETIVO PRO BRASIL;

 

PRA ONDE FUI: VOLTEI PRA FOZ DO IGUAÇU E ÔNIBUS SÃO PAULO - PLUMA ;

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