top of page

Relato Caracas

CARACAS

CARACAS - PERIGO A VISTA!

 

Cheguei muito cedo a Caracas, desta vez não fui até o terminal, desci antes no centro da cidade, ainda não havia clareado e procurava por uma pousada barata, o local era muito parecido com a região central de São Paulo, parei em uma espécie de padaria buscando informações de locais econômicos pra se hospedar. Indicaram o caminho, mas não deixaram que eu fosse, ao menos, até o raiar do dia, me disseram que era perigoso andar pelo centro de Caracas naquela hora. Ri da circunstância, mas como bom Forasteiro Tupiniquim atendi aos conselhos do anfitrião, aproveitei para tomar café e comer o pão local, na verdade, pela América Latina não encontrei pão algum que me agradasse, todos duros e secos... Nada igual ao meu saboroso pãozinho francês na chapa, das padocas de Sampa!

 

 Ao clarear segui rumo a uma pousada, mas os preços na capital venezuelana eram altos para um quarto pequeno e sujo e por incrível que pareça a maioria das pensões estavam lotadas, sem contar que os recepcionistas sempre me olhavam com desdém, como que dissessem: “Não queremos forasteiros por aqui!” Com um pouco de persistência encontrei uma pousada próxima à estação Teatro do metrô.

 

 Estava decepcionado com a Venezuela, pensava que encontraria por aqui um pouco do socialismo pregado por Hugo Chaves nas mídias, mas ao andar por Caracas notava o capitalismo voraz por toda a cidade.

 

Próximo da Praça Diego Ibarra um enorme camelódromo se erguia, uma rua era encoberta por tendas improvisadas, tornando o local em uma espécie de uma cidade oculta dentro de outra, andando por essas ruas infinitas, quase sem iluminação com vendinhas por todos os lados, subia por escadarias, entrava em outras ruas, me perdia naquela cadeia causticante submersa na escuridão, descobria a saída do camelódromo quando via o lume do sol...

 

Á noite ao sair da pousada para fazer uma ligação para o Brasil, mais uma vez não me deixaram sair às ruas da cidade, dizendo: “É perigoso!” “Se quiser eu te acompanho!” Não conseguia acreditar naquela síndrome do pânico generalizada pelos moradores da cidade! Mas segui os conselhos do anfitrião, que me levou até um orelhão. As ruas à noite eram calmas, como andar pelo bairro do Pacaembu em São Paulo, mas a todo instante meu guarda-costas venezuelano dizia: “Tome cuidado!”

Marcelo Nogal

caracas dicas mochileiros

A MISSA DO MOCHILEIRO 

 

QUANTO TEMPO FIQUEI: 2 DIAS (CAMINHANDO PELA CIDADE);

 

COMO CHEGUEI: ÔNIBUS DE CORO (6HS DE VIAGEM) CHEGUEI ÀS 5 DA MANHÃ, OS TERMINAIS FICAM DISTANTES DO CENTRO, É NECESSÁRIO PEGAR UM METRÔ; A CIDADE TEM DUAS RODOVIÁRIAS, UMA AO LESTE E OUTRA AO OESTE DA CIDADE;

TERMINAL DE ORIENTE - TERMINAL DE LA BANDEIRA;

 

ONDE FIQUEI: EM UMA POCILGA NO CENTRO DA CIDADE, QUASE 30 REAIS;

OBS. (NA MAIORIA DAS VIAGENS QUE FIZ NÃO RESERVEI HOTEL - GERALMENTE FICO NOS MAIS BARATOS, QUE NÃO TEM NOME, NEM SITE NA INTERNET)

 

O QUE COMI: COMIA SOPA NO CENTRO DA CIDADE;

 

COMO ME LOCOMOVI: SEMPRE DE METRÔ POR CARACAS;

 

PRA ONDE FUI: PEGUEI O ÔNIBUS PARA SANTA HELENA NO TERMINAL ORIENTAL;

bottom of page