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Relato Angkor - Siem Reap

PEDALANDO EM ANGKOR

 

Em Siem Reap aluguei uma bike por dois dólares! A bicicleta estava daquele jeito: sem marchas, freio falhando... Meu objetivo era pedalar dois dias pelo sítio arqueológico de Angkor, você também pode ir de tuc-tuc, ônibus ou jipe fretado, mas cá pra nós, pedalar pelas ruínas é a alternativa mais emocionante e que faz me sentir livre.

 

O sítio arqueológico é imenso, é impossível vê-lo em um dia. O cartão que ti dá o direito de visitá-lo por três dias custa 40 dólares, e lhes digo, vale a pena todo o dinheiro investido, mas antes, para chegar à entrada de Angkor, precisei atravessar toda a cidade cambojana de Siem Reap, cerca de uns seis quilômetros de muita adrenalina! Aqui me tornei quase um expert no mundo das pedaladas, se você conseguir pedalar pelas ruas de Siem Reap, pedalará sem stress em qualquer lugar do mundo. Não existe uma mão a seguir, os veículos, ou melhor, meios de locomoção vem de todos os lados e para todas as direções, aqui a lei da gravidade é posta à prova, eu tinha um estreito caminho a percorrer entre motos, bicicletas, cavalos e carros velhos, mas ao chegar à Angkor esse trajeto surreal acaba, os carros acabam e o visual no horizonte é de uma imensa floresta sem fim, ufá, consegui!

 

Para dar um giro em todo sítio é necessário percorrer mais de vinte quilômetros, decido por fazer o caminho inverso ao do turístico no primeiro dia, indo para as ruínas mais distantes, e não me arrependo nenhum pouco da decisão, pois encontro ruínas praticamente vazias, assim posso tirar mais fotos e apreciar a paisagem com maior tranquilidade antes dos turistas de tuc-tuc chegar ao local.

 

Assim vou seguindo de bike, apreciando a paisagem, ora os macacos invadem a estrada, ora uma imensa ruína se revela no meio das árvores, ora ultrapasso elefantes pela estrada, ora sou ultrapassado por tuc-tucs velozes com turistas, o sol não chega a atrapalhar, pois as gigantescas árvores da selva nos encobrem...

Angkor Thom foi uma antiga cidade imperial Khmer construída no final do século XII, e é fascinante observar cada detalhe dessa arquitetura singular... Cada ruína de Angkor tem sua singularidade e beleza, vale à pena conhecer todas, no primeiro dia conheço: Neak Pean e Preah Khan, Ta Som que pra mim é o melhor de todos, um pequeno templo construindo para o rei Jayavarman VII, que agora se encontra invadindo por raízes e gigantes galhos de árvores contorcidos nas ruínas o destruindo. As ruínas do templo de Ta Prohm também foram devoradas pela natureza! Banteay Srei é um belo templo hindu alaranjado. East Mebon são gigantescas pagodas do século X muito parecidas com as pirâmides maias de Tikal. No primeiro dia também fico muito tempo nas Gates Sul e Norte, a maioria dos turistas se concentram na Gate Sul, deixando a Norte quase sempre vazia...

 

O mais complicado é a compra da água, cada garrafinha dentro de Angkor custa um dólar e pra quem percorre quase 30 kms num dia, acabo gastando 10 dólares com água! No centro da cidade com um dólar se compra quatro garrafas de água...

 

No final do dia visito a imensa pirâmide de tijolos de Pre Rup, é uma imensa ruinas de um antigo templo hindu Khmer, escalaminhando as escadas até seu topo, é possível ter uma visão privilegiada de todo vale, e do sol se pondo entre as árvores. Já exausto resolvi voltar para o hotel, atravessar toda a cidade novamente...

 

A maioria dos mochileiros, que vem para cá, fazem um dia o percurso de Bike e o outro de tuc-tuc, como quero ser diferente, faço o segundo dia novamente de bicicleta, desta vez fico pela região com as ruínas mais próxima da cidade, as que são visitadas pela maioria dos turistas: O mais famoso de todos: Angkor Wat. Depois chego à Bayon, no meu ponto de vista as ruínas mais belas de todas, que parecem terem sidos construídas em 3D, mais de 200 faces de Buda esculpidas em pedras formando um labirinto de rostos cheio de musgo, uma mais incrível que a outra, e pra quem é amante de Tomb Raider... Esse local é uma loucura! Desta vez, como sei que ninguém vai pra lá a está hora da manhã, prendo a Bike em uma das árvores, e, subo a montanha até Phnom Bankheng... Agora posso conhecê-la solamente!

Digo que as ruínas de Angkor são maiores do que imaginava, diversificadas e com muitos atrativos, um dos lugares mais incríveis que visitei em toda minha vida, e o melhor de tudo: por conta própria e de Bike!

Marcelo Nogal

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A MISSA DO MOCHILEIRO 

 

QUANTO TEMPO FIQUEI: 3 DIAS (VISITANDO AS RUÍNAS DE ANGKOR);

 

COMO CHEGUEI: ÔNIBUS NOTURNO DE PHOM PEHN (7 HS) - KAMPUCHEA ANGKOR EXPRESS ;

 

ONDE FIQUEI: ANGKOR INTERNATIONAL HOSTEL - 10 DÓLARES POR DIA 

 

O QUE COMI: COMPREI LANCHES E BOLACHA ANTES DE IR PARA O PARQUE;

 

COMO ME LOCOMOVI: ALUGUEI UMA BIKE NO HOSTEL;

 

PRA ONDE FUI: PEGUEI UM ÔNIBUS ATÉ BANGKOK;

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