Relato São Raimundo
Difícil Acesso
Sabe aquele ditado: Tudo que é belo se torna difícil de alcançar! Acho que o inventei agora... Graças às dificuldades que tive para chegar até o parque mais famoso do Piauí! Estou falando do Parque Nacional Serra das Capivaras!
De Teresina peguei o ônibus às 20:30 hs com destino à cidade de São Raimundo Nonato, depois de Floriano a estrada fica precária, toda esburacada, moral da história: cheguei às 6 da manhã na rodoviária que fica a três quilômetros do centro, daí se tem duas opções: ir caminhando ou pagar por uma corrida de táxi, que leva cerca de 5 minutos.
Na cidade apenas dois hotéis confiáveis, no Real fui muito bem acolhido por João Paulo, o cara mais atencioso e simpático da cidade, ele vai te dar mapas, vai agilizar guias, vai contar histórias, vai te oferecer café... Na cidade uma agitação desenfreada, muita gente andando de um lado para o outro, os botecos cheios de marmanjos tomando uma birita e apostando dinheiro numa partida de bilhar... E as mulheres? Lotavam o salão de beleza, coisa maluca essa por aqui...
Do cruzeiro dava pra se ter a vista da cidade, caminhando por cinco quilômetros cheguei ao museu do Homem Americano, lá encontrei múmias e soube um pouco mais dos trabalhos arqueológicos que estão sendo realizados no parque... E por falar no parque, ele está a 35 km do centro da cidade e a única forma de chegar até o local é contratando um guia com moto ou carro, devido o acesso complicado, a visita ao parque acaba se tornando um passeio caro, ainda mais para um mochileiro solitário, acredito que por pacotes o preço acaba sendo um pouco mais salgado...
Isso acaba dificultando que mais gente o conheça, porque o parque Serra das Capivaras é belíssimo: as formações rochosas, os boqueirões, caldeirões, pode ter a sorte de encontrar animais raros pelo parque, como eu, que vi uma águia chilena, um camaleão, uma caranguejeira, o pica-pau amarelo e o vermelho e outras aves que não me recordo o nome, sorry.
O passeio típico é o de visitar os paredões com as esculturas rupestres datadas com mais de 50 mil anos e visitar o cartão postal do parque: a pedra furada. Mas eu pedi um roteiro um tanto quanto diferente: mostrar as belezas naturais do local com vistas panorâmicas do parque e da pedra furada, lá de cima da serra... E digo, tanto o percurso quanto as vistas são fantásticas...
Marcelo Nogal


A MISSA DO MOCHILEIRO
QUANTO TEMPO FIQUEI: 3 DIAS (UM DIA PARA O MUSEU DO HOMEM AMERICANO E OS OUTROS PARA
O PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CAPIVARA);
COMO CHEGUEI: ÔNIBUS NOTURNO DE TERESINA (12HS); O TERMINAL RODOVIÁRIO FICA DISTANTE DO CENTRO (1H), UMA POSSIBILIDADE É IR DE MOTO TÁXI ATÉ O CENTRO;
ONDE FIQUEI: HOSPEDADO EM UMA PEQUENA PENSÃO
OBS. (NA MAIORIA DAS VIAGENS QUE FIZ NÃO RESERVEI HOTEL - GERALMENTE FICO NOS MAIS BARATOS, QUE NÃO TEM NOME, NEM SITE NA INTERNET)
O QUE COMI: COMI ARROZ COM FEIJÃO E OVO;
COMO ME LOCOMOVI: A PÉ PELA CIDADE, MAS O MUSEU FICA DISTANTE;
PRA ONDE FUI: PEGUEI UM ÔNIBUS NOTURNO PARA PIRI PIRI (8HS);