Relato São Petersburgo
Санкт-Петербург - TERRA DE GIGANTES
Cheguei empolgado na famosa terra de Dostoievsky, mas também estava um tanto quanto apreensivo, com o que lia sobre a cidade: da violência, das gangues que odiavam os latinos americanos...
Então, segui a risca o conselho de alguns amigos que viviam em terras russas: Não andar sozinho em locais afastados com poucas pessoas, principalmente em parques, não andar sozinho ao escurecer pelos subúrbios da cidade, não ficar usando roupas que denunciem sua identidade latina, tipo: Camisa do Brasil! Mais uma vez descobri que quem é malandro em Sampa se vira em qualquer parte do mundo...
A Rússia não era nada do que foi anunciada, pelo contrário Piter (como os russos carinhosamente chamam a cidade de São Petersburgo) é linda!
Os prédios da região central, Nevsky Prospekt, são imponentes, eu me sentia uma formiga no meio daquelas imensas construções, daquelas largas avenidas, daquelas igrejas pontiagudas e coloridas...
Eu pressentia que a qualquer momento um gigante que morasse ali, chegaria e pisaria nas formiguinhas que por lá caminhavam! As construções me lembravam de Havana, mas aqui era diferente, todas estavam em bom estado, pintadas, cheias de vida... Até que chego ao Hermitage... Mais uma construção monstruosa com sua fachada verde! Uallll... De tirar o fôlego... O segundo maior museu do mundo... Acho que um dia de visitação não basta... E olhando aquilo por dentro: as luminárias, as mesas, os espelhos, cada decoração luxuosa das dezenas de salas; fico quase convencido que ali moravam gigantes...
E por falar em gigantes, do lado do Hermitage, ficava um gigante azul: O rio Neva! Atravessar a ponte ou apenas caminhar por suas margens é um deleite aos olhos dos pobres insetos que por lá passeiam... As margens do Neva, também são realizados uma parte dos rituais dos tradicionais casamentos russos... Todo mundo bêbado de vodca, noivos dançando, taças quebradas nas pilastras da ponte, um velhinho tocando balalaica, um fotógrafo tirando fotos do casal com o gigante verde, Hermitage, ao fundo...
Em Piter você ainda tem a oportunidade de visitar o Zoo da cidade, o pequeno urso polar é encantador! E também visitar o estádio do Zenit, com suas peculiaridades: O estádio é do tamanho do Canindé, e, cercado pelas águas dos afluentes do Neva...
Para ir aos diversos pontos da cidade, você deverá conhecer o Gigante das Profundezas, o metrô, cada estação tem sua arquitetura peculiar, a estação Gorkovkaya tem a forma de um disco voador, e, tudo é muito simples, apenas uma escada rolante; mas você vai descer muitos metros, ao lado da escada rolante tem uma plaquinha informando quantos metros você já desceu... Ou seja, a descida até as profundezas é demorada: 25, 30 metros... Mas quando chegamos no fundo do poço, um novo espetáculo, cada estação com suas próprias características... O que eu mais gostava eram as fichas, moedinhas típicas da russa, para passar pelas catracas...
Outro belo gigante é o Monastério de Smolny, com sua fachada azul celestial...
A Rússia pode ser considerada um país barato pra se viajar, se você comprar suas refeições nos mercados do subúrbio, a lata de cerveja é mais barata do que uma garrafa de refrigerante... Por isso encontrará muito russo, ogro, bêbado nas praças das cidades, já as russas em Piter são estilosas, bonitas e sensuais... Ai meu Deus! Já os ogros são rudes, desarrumados, bêbados e fechados...
Não espere um доброе утро (bom dia) pela manhã... E caminhando pelas ulitsas de Piter, começo a compreender melhor as escritas de Dostoievsky, nessa terra de gigantes...
Marcelo Nogal




A MISSA DO MOCHILEIRO
QUANTO TEMPO FIQUEI: 3 DIAS
1º HERMITAGE (400 RB)
2º PALACIO PETERHOLF (450RB)
3º CAMINHANDO PELO CENTRO HISTÓRICO
4º Lenindgrad Zoo (400Rb);
COMO CHEGUEI: ÔNIBUS NOTURNO DE TALLIN - ECOLINES -DEPOIS METRÔ ATÉ O HOSTEL;
ONDE FIQUEI: METRO TUOR HOSTEL - 12 EUROS
O QUE COMI: COMI NO MCDONALDS LOCAL;
COMO ME LOCOMOVI: SÓ DE METRÔ - E ÔNIBUS PARA PETERHOLF;
PRA ONDE FUI: PEGUEI TREM NOTURNO PARA MOSCOU (6HS) - RUSSIAN TRAIN;