ILHA GASTRONÔMICA

 

Pois é... Visitar a Ilha do Marajó, não é só conhecer as praias da maior ilha do mundo em Salvaterra ou a praia rústica de Joanes...

 

Conhecer de Bike a Ilha do Marajó deve ser uma experiência incrível, poder desbravar terras desconhecidas, quase inabitadas aqui do Pará, poder encontrar ruínas de uma igreja que remonta mais de quatro séculos, ou simplesmente se esbaldar como eu: comendo!

 

Também vou dizer que não é lá meu forte, mas ao chegar à ilha e ver a árvore carregado de suculentos cajus, todos vermelhinhos ali ao léu, parecia que voltava aos meus tempos de infância, pegando frutas na casa do vizinho, ai vinham os moradores conversar comigo sobre as mangas, eram uma simpatia, descobria que havia vários tipos de manga: a de fiapo, a manga Abacate, que não desfiava e era mais encorpada, a manga cheirosa e a manga buceta, que não necessita de mais explicações... Ia experimentando uma por uma, daqui a pouco lá vinha os moradores com uma sacola cheia de mangas me dando para levar pra casa, A sacola era maior que minha mochila...

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Enquanto me empanturrava, os pescadores um tanto quanto bêbados iam me contando as lendas da ilha, da sereia rainha das pedras, que vivia dentro do farol de Salvaterra e que todo homem deveria ser iniciado com ela...

 

Me livrando das mangas encontro os búfalos. A maior concentração e criação de Búfalos no mundo se encontra em Marajó, no inicio trazidos da índia, mas eles evoluíram, se adaptando a ilha e ganhando nova forma: Então nada melhor do que comer carne da búfalo acebolado, ou no café da manhã leite e queijo de búfalo.  

 

Nesses mangues da ilha foi filmado o primeiro reality show brasileiro “no Limite” e por que não experimentar um Turu, uma espécie de verme gosmento que fica encrustado dentro de madeiras podres do mangue! Mas tinha que encomendar com os pescadores de caranguejos. O Turu se come cru com limão acompanhado de uma cerveja Glacial,

 

Para se chegar até Marajó ou de balsa de Icoarací, que leva cerca de três horas de travessia, ou de barco das companhias das docas em Belém, que leva cerca de duas horas e meia de travessia, depois uma minivan te leva até Salvaterra ou Joanes, serão mais trinta minutos de viagem...

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Marcelo Nogal