Relato Kakarbhitta
A VIDA PASSA
Chegamos à Kathmandu, apos 30 dias na estrada a viagem segue a todo vapor, deixamos a Índia um pouquinho pra trás, foram vários caminhos percorridos, vários países dentro da índia vivenciados, sabores provados, agora um novo país nos espera...
Tivemos uma incrível jornada para chegar até aqui, de Gangtok seguimos de Jipe seis horas aproximadamente até a fronteira com o Nepal (Kakarbhitta), fomos deixados na fronteira do lado de uma birosca, que na verdade era um posto de migração indiana, depois atravessamos a ponte da amizade deles, na qual a seca já havia consumido o rio que separava os dois países, ao invés deles, crianças brincavam na areia, já do outro lado o ônibus para Kathmandu só saia no outro dia!
Ficamos num hotelzinho a beira da estrada, energia no pequeno vilarejo não tinha até às 18hs, andamos pelas ruas, nada de Internet, quase ninguém falava inglês, aquele vilarejo era uma imensa favela, voltamos para o hostel e comemoramos nossa entrada no Nepal tomando umas cervejas, era o que nos restava naquele fim de mundo... No banheiro do quarto, um botijão de gás, para aquecer a água, o melhor banho da expedição no local mais improvável...
No jantar uma porção de pakora apimentada, era hora de dormir, pois o ônibus saia às 04hs da madruga... E lá fomos nós, com uma lanterna para o terminal de bus, mochilas pra cima do ônibus e nós tentando compreender a numeração dos assentos incompreensíveis, até que o ônibus saiu e mal o dia clareou, chegamos ao final da estrada no meio do deserto, o cobrador disse: “Change” Ou seja, trocar de ônibus, pegamos as malas e seguimos pelo deserto, até chegarmos a um lago, com uma imensa ponte de bambu e vários homens encardidos pedindo pedágio pela travessia...
Atravessamos cerca de 400 metros de ponte e do outro lado avistamos outro ônibus a nossa espera, colocamos as malas novamente em cima do ônibus, e seguimos viagem, até que, depois de algumas horas, o exercito nos parou, segundo informações um tanto imprecisas, o governo havia bloqueado a estrada por causa de problemas com uma festa indevida na noite anterior... A tropa só liberou a passagem do coletivo, três horas depois...
Seguimos e as paradas na estrada para ir ao banheiro, eram no meio da mata... Até que furou o pneu do ônibus, e mais uma parada atrasava nossa jornada nos confins do Nepal, no final das quantas chegamos a Kathmandu, as 02:00 da madruga, cansados, pegamos um táxi até Thamel, o bairro dos hotéis, no meio do caminho o táxi também quebrou, mas logo arrumaram... Viajar pelo Nepal era assim, uma Zona, ou melhor: Pura Aventura!
Marcelo Nogal
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A MISSA DO MOCHILEIRO
QUANTO TEMPO FIQUEI: 1 DIA (ESPERANDO ÔNIBUS PARA KATHMANDU );
COMO CHEGUEI: JIPE ATÉ A FRONTEIRA DA ÍNDIA, DEPOIS CAMINHANDO
ONDE FIQUEI: UM DOS ÚNICOS HOTÉIS DO VILAREJO
OBS. (NA MAIORIA DAS VIAGENS QUE FIZ NÃO RESERVEI HOTEL - GERALMENTE FICO NOS MAIS BARATOS, QUE NÃO TEM NOME, NEM SITE NA INTERNET)
O QUE COMI: COMIDA INDIANA;
COMO ME LOCOMOVI: A PÉ;
PRA ONDE FUI: PEGUEI UM ÔNIBUS ATÉ KATHMANDU
