Relato Diamantina
Oh docinho!
Depois de Cruzar praticamente todo o estado de Minas, lá estava eu, descendo na Rodoviária de mais uma cidade brasileira, de construção colonial, com o chão de pedra batida, com igrejas barrocas charmosas, erguidas em cada canto da cidade...
Outra cidadezinha gostosa, cheia de jovens universitários animados fazendo alguma festa em suas repúblicas... No Mercado Tropeiro a deliciosa comida mineira... Ahh, o doce de leite! Esse sim valia a visita novamente a esse canto do Brasil... No lado do chafariz, o museu do ouro, e, como todas as cidades tipicamente coloniais, aqui também tem o quilombo... A diferença para as outras cidades de minas está na tranquilidade e na dificuldade de um mochileiro chegar por essas bandas... Acaba deixando de lado a cidade dos Diamantes e fica só no ciclo do Ouro: Ouro Preto, Mariana e Congonhas...
Eu tinha que conhecer esse local, ele não era tão parecido assim com as outras cidades mineiras, devia haver algo a mais, um segredo escondido em seus limites, e, eu tinha razão...
Aos arredores de Diamantina encontrei a natureza desses confins, as formações rochosas, as cachoeiras e especialmente a gruta do Salitre... Essa para mim foi a parte mais divertida da trip:
Por uma estradinha de terra, oito quilômetros, sentido à Curralinho, fui me divertindo com a paisagem das formações rochosas no horizonte e ao mesmo tempo seguia conversando com o povoado que mora na beira da estradinha...
Encontrava algumas coisas inusitadas, como uma casinha vendendo Chup Chup, o muro de uma casa construída só com produtos reciclados, garrafas pet... As crianças brincando sobre as árvores e os mais jovens passeando de cavalo pela estradinha, sempre puxando assunto...
Outra trilha, essa pra quem tem mais tempo, ou melhor: alguns dias, cruza duas cidadezinhas, fazendo o antigo caminho imperial percorrido pelos tropeiros no século XVIII, a trilha de 35 km começa no Quilombo e vai até o vilarejo vizinho... Minas é assim uma delicia...
Marcelo Nogal

A MISSA DO MOCHILEIRO
QUANTO TEMPO FIQUEI: 2 DIAS (CAMINHANDO PELA CIDADE E PELAS TRILHAS ATÉ A GRUTINHA);
COMO CHEGUEI: ÔNIBUS NOTURNO DE BELO HORIZONTE;
ONDE FIQUEI: HOSPEDADO EM UMA POUSADA HUMILDE DO CENTRO;
OBS. (NA MAIORIA DAS VIAGENS QUE FIZ NÃO RESERVEI HOTEL - GERALMENTE FICO NOS MAIS BARATOS, QUE NÃO TEM NOME, NEM SITE NA INTERNET)
O QUE COMI: COMIA FEIJÃO DE TROPEIRO E MUITA CARNE; (10 REAIS A REFEIÇÃO)
COMO ME LOCOMOVI: A PÉ PELA CIDADE;
PRA ONDE FUI: VOLTEI PRA BELO HORIZONTE;