Relato Belém
BELÉM
Eu adoro cidades cosmopolitas e Belém é um desses amores inconvenientes nas nossas mochiladas mundo afora, mas como toda grande cidade tem seu lado bom e seu lado ruim: começo pela parte boa, é claro, e como é boa!
As mulheres daqui são lindas, pra quem gosta de morena, corre pra cá... Se você gosta de mulher com muita volúpia, corre pra cá... Elas estão por toda parte, nas docas... Uma galeria com várias mesinhas para tomar cerveja e jogar conversa fora do lado do porto, o lugar é elegantérrimo com um designe moderno, que faz com que o ambiente não precise de iluminação elétrica durante o dia e por falar em energia, andando pelas ruas, ora imaginava que a força tinha acabado: Lojas, restaurantes, papelaria ficavam com as velas acesas, mas não, o povo daqui economizava energia... Economia até no comércio, qualquer porta vira restaurante com duas mesinhas, sempre estão cheios e não é pra menos...
Próximo ao parque Emílio Goeldi, os semáforos desejam “feliz ano novo” aos motoristas, que loucura! Como disse que existe a parte ruim, vou falar das minhas percepções:
O cheiro de esgoto pela cidade, basta caminhar alguns minutos que o forte odor vindo de algum bueiro ti pega em cheio e eu que pensei que a cidade cheirasse a manga, na verdade sobre a manga filosofava sobre duas circunstâncias: Alguém já foi morto com uma manga caindo na cabeça? Segundo pensamento mórbido: Alguém com o carro novo danificado por uma ‘manga’ foi ressarcido pela prefeitura local?
No mercado Ver o Peso, tome cuidado, o bairro transpira malandragem, fiquei muito atento com minhas câmeras fotográficas, a região é muito parecida com as muvucadas de São Paulo...
Ah, como podia me esquecer! A Igreja de Ciro Nazaré, que beleza, a igreja possuía mais de 10 Tvs gigantes de plasma, para que os fiéis acompanhem a missa no telão, coisa chique o presépio de Natal e já me esquecendo querendo esquecer! Sinto muito, meus amigos paraenses, mas o tacacá, eca! Gosmento, o mato azedo deixa os lábios tremendo e com o palitinho vou pegando o camarão seco, talvez seja eu o enjoado, quando vim para cá não deixe de experimentar...
E mais uma dicas gastronômicas: A tubaína regional é chamada de Garotão, e apesar de serem apenas uma questão bilíngue em Sampa, cachorro quente e hot dog são coisas completamente diferentes aqui no Pará: o aportuguesado vem com carne moída o americanizado vem com salsicha, o famoso carioca é pão com ovo... E assim a culinária brasileira nos diverte...
Marcelo Nogal

A MISSA DO MOCHILEIRO
QUANTO TEMPO FIQUEI: 3 DIAS (CAMINHANDO PELA CIDADE);
COMO CHEGUEI: ÔNIBUS DE 3 DIAS DE SÃO PAULO;
ONDE FIQUEI: NUM HOTEL HORROROSO - O HOTEL ELDORADO DO LADO DO TERMINAL RODOVIÁRIO
O QUE COMI: COMIA CACHORRO QUENTE E TACACÁ PELA REGIÃO CENTRAL;
COMO ME LOCOMOVI: A PÉ POR TODO A CIDADE;
PRA ONDE FUI: PEGUEI A BALÇA PRA ILHA DO MARAJÓ (6HS);